“Um harém, mordomia e muita briga! Pra que mais?”. Um dos mais belos
espécimes de ciclídeos africanos, os famosos CAs, é o auratus. Dono de
um temperamento nada amigável e cara de poucos amigos parecem ser uma
constante com esse ciclídeo tão amado pelos aquaristas de todo o mundo
Apesar
de ser um peixe que não ultrapassa grandes proporções, cerca de 10 cm, o
auratus necessita de grandes espaços para que possa nadar com toda
desenvoltura de um verdadeiro CA. Portanto um aquário de capacidade
mínima para 200 litros, já é suficiente para manter um macho e seu
pequeno harém (4 fêmeas já o deixarão mais tranqüilo), visto que a
agressividade do macho não poupa nem mesmo as fêmeas que por sua vez são
mais calmas e pacíficas que ele.
Dois machos no mesmo tanque não
é aconselhável, pois brigariam até a morte de um deles, mas já houve
casos que dois machos foram colocados bem jovens no cativeiro e um deles
desenvolveu a coloração típica das fêmeas, sendo, portanto, menos
molestado.
Dessa forma, deve-se evitar esse tipo de situação, até
para a saúde de seus peixes. Como os machos costumam dominar todo o
ambiente, aquários comunitários também não são recomendados, sendo bom
manter um aquário só para a espécie.
O aquário deverá ter um
substrato macio, pois os auratus são exímios cavadores e realizam essa
tarefa quase que constantemente, então, areia lavada, é uma ótima opção
para o substrato do aquário. Plantas, estas deverão ser bem resistentes à
difícil índole do peixe. Alguns aquaristas costumam colocar as plantas
em vasinhos (aqueles de violeta ou feitos de barro), para dificultar o
trabalho do auratus de arrancá-las.
O pH deverá oscilar por volta
de 8,0 e a temperatura por volta de 26ºC. Dê atenção para a filtragem
mecânica para compensar a bagunça feita pelo auratus, além disso,
manterá a água sempre cristalina. Eles apreciam vegetais então,
ofereça-lhes alface, espinafre e cenoura cozidos, além de rações em
flocos e pelo menos uma vez por mês pequenas porções de artêmias, esta
ultima como fonte fósforo e vitaminas B e E essenciais na reprodução.
Falando
em reprodução, saiba que o auratus se reproduz até com certa facilidade
em aquários e como é de costume, ele pode copular com várias fêmeas ao
mesmo tempo.
Diferenciá-los é bem fácil quando adultos: Ele é
maior, mais escuro e suas listras negras são de uma espessura maior que
na fêmea. Ela e um pouco menor e de coloração amarelo ouro com algumas
listras negras cortando seu corpo na horizontal.
Na época da
reprodução o macho fica mais agressivo e com as cores bem acentuadas.
Ele passará então a perseguir as fêmeas para tentar uma cópula. Então
monte tocas no aquário para que as fêmeas possam se refugiar de seu
fogoso companheiro. Se a fêmea o aceitar eles passarão a nadar perto do
substrato onde acontecerá a desova. A fêmea irá liberar os ovos na água
que serão logo fertilizados pelo macho.
A incubação é bucal, isto
é, a fêmea irá recolher os ovos na boca, por mais ou menos uma semana
até que nasçam os filhotes (a fêmea nesse período deixa de se
alimentar). A fêmea ainda abriga os filhotes na boca por mais 10 ou 15
dias após o nascimento. Ela faz isso, quando existe alguma situação de
perigo ou ainda para manter os filhotes todos juntos. O macho não
costuma agredir a prole, mas se acontecer é conveniente separar o pai.
. O aquarismo responsável é baseado na busca, aprendizado, desenvolvimento e promoção da consciência a respeito destas condições e procedimentos, tal que a nossa prática amadora ou profissional do hobby não ocorra às custas do bem estar dos nossos animais de estimação, nem em detrimento do ecosistema. Assim como os bebês chorões são repentinamente atraídos pelos movimentos e sons curiosos de chocalhos coloridos, somos seduzidos pelos movimentos e cores de um aquário
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