A alimentação é considerada,
aliada às condições adequadas de água que iremos oferecer aos peixes, os
dois fatores mais importantes para obtermos sucesso numa criação de
peixes ornamentais e destacamos a Artêmia Salina (Branchipus stagnalis)
como sendo um dos principais alimentos para os peixes em sua fase de
desenvolvimento.
A artêmia salina é um alimento
ideal para peixes e camarões por ser um microcrustáceo sem carapaça
rígida e rico em proteínas, vitaminas A e B, protovitamina A (evita o
raquitismo), caroteno (intensifica a coloração dos peixes), fósforo,
ferro, iodo, sódio e panzotenato de Cálcio. Como características
principais, observamos que o seu corpo poderá adquirir colorido especial
de acordo com o alimento ingerido, sendo seres filtradores (bombeiam a
água do mar pra o seu organismo, de onde selecionam partículas
convenientes para serem ingeridas como alimento) alimentando-se de micro
algas, matéria orgânica, fungos, mucilagens produzidas pelas algas,
daphnias secas, levedura de cerveja, farinha de pescado, maizena (em
pequenas doses,etc. Nadam com a parte ventral do corpo voltada para
cima, ou seja, para a luz.
As artêmias são pequenos
crustáceos da ordem Anostraca, têm tamanho e coloração variadas - que
vão do rosa pálido ao avermelhado, branco ou esverdeado, dependendo do
tipo de alimento que elas consumirem.
Vivem em regiões de água salgada
concentrada (Salinas) - ambiente extremo no qual poucas espécies
desenvolvem-se, de forma que há poucos predadores - por serem ricas em
proteínas, vitaminas (principalmente a vitamina A e o Caroteno) e sais
minerais , é um dos melhores alimentos vivos que pode se fornecer aos
peixes. Acelera a recuperação de doenças (artêmia em grego significa
saúde) e seus náuplios são indispensáveis na alimentação de alevinos.
Cavalos- marinhos e corais - entre outras espécies - alimentam-se quase
que exclusivamente de náuplios de artêmias.
A artêmia salina está em
constante estado de locomoção, pois são animais filtradores que dependem
disso para alimentar-se e respirar. Possui 11 pares de pernas
torácicas, que variam um pouco no tamanho. Cada perna possui 7 enditos
("galhinhos") com finíssimos cílios que atuam na filtragem e coleta de
alimentos. Quando as pernas se movimentam para frente, formam as "caixas
filtradoras", nas quais por meio das cerdas coletadas micro algas,
bactérias, diatomáceas e flagelados, além dos detritos orgânicos em
suspensão no corpo aquático.
De fácil dimorfismo sexual
atinge a fase adulta por volta dos 20 dias de vida, a fêmea adulta
possui uma bolsa incubadora no último segmento torácico e, ao contrário
do macho, não apresenta apêndices abdominais. Durante a cópula, o macho
utiliza as segundas antenas, semelhantes a bigodes, para enganxar-se a
fêmea. Pode reproduzir-se de duas maneiras distintas: viviparamente, na
qual ocorre liberação direta de náuplios, ou oviparamente na qual os
embriões se desenvolvem até a fase de gástrula e se encapsulam nesse
estágio dentro de uma casca interrompendo seu metabolismo e podendo
permanecer como cisto durante longo período de tempo.
Realmente a Artemia é
indispensável na alimentação de seu Betta e seus nauplios são exenciais
na alimentação dos filhotes em sua fase de crescimento.
No próximo artigo irei
ensinar a minha maneira de eclodir cistos de artemias salinas, uma
maneira caseira, muito fácil de se fazer e de alimentar os filhotes.
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